de 2017


15/02/2010

Apresentadores famosos em decadência na TV

10° - Daniela Cicarelli
Ela já foi a estrela do canal jovem brasileiro. Mesmo para a audiência segmentada da MTV, Daniela Cicarelli era um sucesso. A publicidade nos intervalos de seus programas eram os mais caros da emissora. Com audiência cada vez maior ela acabou chamando a atenção de emissoras da TV aberta. Ganhando um salário três vezes maior. No comando do programa semanal Quem Pode Mais?, chegou a dar traço no ibope (o que significa zero de audiência). Nem a participação dos colegas-estrelas do CQC ajudou. Ficou na geladeira, voltou ao ar, saiu de novo… o que comprova que o sucesso é passado para ela.

9° - Adriane Galisteu
Adriane Galisteu foi apresentada como a grande estrela da recém-inaugurada RedeTV, em 1999. Ganhou o até horário nobre. Chamou tanto a atenção que à frente do;SuperPop, 10 meses depois, trocou a novata emissora pela Record à frente do É Show. Daí o sucesso já não era o mesmo e passou a ser incomodada por Luciana Gimenez e seu ex-programa. No SBT, chegou a passar por todos os horários possíveis. Bateu muito de frente com o “patrão” e saiu. Sua última parada foi a Band, onde o Toda Sexta começou com três horas de duração, foi reduzido a uma, e pode até sumir do mapa.

8° - Serginho Groisman
Ele foi um dos primeiros apresentadores de TV a liberar os microfones para os jovens. Com seu típico “Fala, Garoto”, Serginho Groisman tornou o Programa Livre, do SBT nos anos 90. Em 2000, foi abocanhado pela Globo, que só depois de fechar o negócio parecia ter descoberto que não sabia muito o que fazer com ele. Ficou na geladeira por um tempo e, quando voltou para um programa fixo, após umas apostas furadas, o que conseguiu foi a madrugada de sábado - horário em que, convenhamos, é difícil encontrar em casa alguém da faixa etária que ele pretende atingir.

7° - Márcia Goldschmidt
Márcia foi lançada pelo SBT no que tinha a ambição de ser uma cópia dos programas americanos em que o apresentador instiga a plateia a participar dos dramas pessoais levados diariamente para o palco. Assumindo um estilo durona, expressado pelo bordão “Mexeu com você, mexeu comigo”, ganhou o Brasil. O formato não era lá muito novo, mas a emissora acertou ao levar a população para a TV a fim de discutir seus problemas mais comuns como dúvida da paternidade ao convívio em família. Bombou. E cansou. Tentou investir em um programa feminino de outra emissora paulista e em outros menos “sensacionalistas” na Band, mas parece não saber fazer outro estilo. Em 2007, depois de um tempo fora do ar, a Band lhe devolveu o programa Márcia, que não lembra nem de longe o fenômeno anterior.

6° - Gilberto Barros (Leão)
Gilberto Barros foi para a Record o que Luciana Gimenez foi para a RedeTV, após a saída de Adriane Galisteu: tapa-buraco. O programa Ratinho Livre fazia sucesso e, para não perder a boa fatia de audiência com a saída do apresentador, trocaram rato por Leão. E, com direito a rugido e cara feia, mostraram alguém disposto a comprar qualquer briga em nome da Justiça. Não deu outra. Estouro de audiência, superando até a Globo. Quando foi para a Band, ficava nada menos que seis dias por semana nas noites de segunda a sexta com o Boa Noite Brasil, e aos sábados, com o Sabadaço. Mas não durou. Começaram a mudar os quadros e os formatos dos programas quando o ibope passou a mostrar que tanto investimento não valia a pena. E, hoje, ele simplesmente sumiu.

5° - Raul Gil
Raul Gil sempre teve seu lugar cativo na TV, seja por respeito ou por sua capacidade de criar quadros que, de tempos em tempos, aquecem a audiência. Mas a verdade é que, hoje, ele não é sombra do que foi, por exemplo, em 2001, quando retomou a velha fórmula dos programas de calouros, que voltou a virar mania no país. A descoberta de grandes talentos como Robinson Monteiro, que chegou a vender mais de um milhão de CDs levaram-no, muitas vezes, a 1º lugar no ibope. Um ano depois, a ideia cansou, e a Record cancelou o quadro. Em 2005, foi para a Band. Chegou a ter programas aos sábados e domingos, que acabaram reduzidos só ao 1º dia.

4° - Ratinho
O jeitão bizarro, briguento e desbocado de Ratinho fizeram dele o defensor dos fracos e oprimidos na TV. Também foi mestre em explorar a tristeza alheia, saindo como o bom samaritano que dava voz aos problemas de pessoas carentes de atenção ou dispostas a uma boa briga. Quando estreou na Record, em 1997, ganhou o horário nobre e atrapalhou até a audiência das novelas da Globo. Um ano depois, foi para o SBT e, conforme o personagem que batia com cassetete na mesa e quebrava o cenário cansava o público e a audiência caía, ele sambava pelos mais diferentes horários. Chegou a ficar um tempo fora do ar. Voltou, tentou retomar o programa diário, mas o ibope não se mexeu.

3° - Ana Maria Braga
Ela já foi dona das tardes da TV brasileira. Quando começou a onda dos chamados programas femininos, Ana Maria Braga era um ícone. Tomava conta do horário das 11h às 18h, no Note e Anote da Record. Quando mudou para a Globo, ficou limitada a uma hora diária com o Mais Você, que seria estendida caso o ibope mostrasse que seria compensador. Hoje, dez anos depois, isso ainda não aconteceu. Chegaram a mudar os estúdios de São Paulo para o Rio, deixando-a mais perto de todo o casting de famosos da emissora elevando o nível dos convidados. Chegaram a dar a ela seu próprio reality show, o Super Chef, e deixaram-na até invadir ao vivo a casa do Big Brother Brasil, na tentativa frustrada de levantar o ibope. Até os desenhos do SBT superam sua audiência.

2° - Gugu

Desde o fatídico dia em que Gugu - até então anunciado aos quatro ventos como o único sucessor de Silvio Santos - teve a infeliz ideia de transmitir uma entrevista fajuta com falsos integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) sua audiência só despenca. Então, o apresentador-fenômeno, que ganhou a TV com o Viva a Noite e guerreou inúmeras vezes em pé de igualdade com Faustão pela audiência dos domingos, viu o sucesso se esvair. Ele já não era mais uma grande estrela, mas seu nome ainda tinha força suficiente para despertar o interesse da Record. Na estreia na nova emissora, até conseguiu garimpar o segundo lugar no ibope. Mas, passada a curiosidade dos telespectadores, hoje ele não é páreo para o antigo “patrão”, o que deverá motivar reformulações em seu programa, inclusive de horário.

1° - Xuxa
Por mais que doa aos leais súditos saber, a realidade é que os áureos tempos da “Rainha dos Baixinhos” na TV já passaram. Afinal, não é de hoje que Xuxa e audiência parecem estar tão separados quanto água e óleo, o que exige da Globo as maiores peripécias para mantê-la na programação. Na época do Xou da Xuxa, nos anos 80, não tinha para mais ninguém. Quando, em meados da década de 90, ela decidiu apostar no público jovem - os antigos baixinhos - com Planeta Xuxa, ainda se deu bem. O tiro n’água foi mesmo quando ela bateu o pé, foi contra o conselho de todos e quis voltar ao público infantil. Aí, a audiência só foi ladeira abaixo . O TV Xuxa como ela queria não deu certo. Hoje, com o mesmo nome, ganhou um formato “para toda a família” e passou a ser semanal. Pior: foi para as manhãs de sábado, quando a família geralmente tem coisas melhores para fazer. Resultado: perdeu mais de uma vez no ibope até para a pequena apresentadora Maísa e os desenhos do SBT.


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