de 2017


13/05/2010

Garoto cego é capaz de "ver" com a linguagem dos golfinhos


Com quatro anos de idade, o menino Jamie Aspland, que nasceu cego, aprendeu a "ver" com a línguagem utilizada pelos golfinhos. O "Menino golfinho" é capaz de dizer a forma dos objetos usando a técnica da "ecolocalização". Ele nasceu cego, mas esta terapia tem lhe dado uma nova vida.

Jamie acabou de completar sua terceira sessão, com o guru Daniel Kish, que perdeu a visão quando tinha apenas 13 meses de idade.



Ecolocalização ou Biosonar é um sentido, uma sofisticada capacidade biológica de detectar a posição e/ou distância de objetos (obstáculos no ambiente) ou animais através de emissão de ondas ultra-sônicas, no ar ou na água, e análise ou cronometragem do tempo gasto para essas ondas serem emitidas, refletirem no alvo e voltarem à fonte sobre a forma de eco (ondas refletidas). Para diversos mamíferos, morcegos, golfinhos e baleias, essa capacidade é de importância crucial em condições onde a visão é insuficiente, de noite no caso dos morcegos ou em águas escuras ou turvas para os golfinhos, seja para locomoção ou para captura de presas. Alguns pássaros também utilizam a ecolocalização para voarem em cavernas. Baseado nessa capacidade natural os seres humanos desenvolveram a “ecolocalização artificial” com o advento do radar, sonar e aparelhos de ultra-sonografia.

Apesar dessa capacidade ter sido postulada pelo biólogo italiano Lazzaro Spallanzani (1729-1799), foi descrita primeiramente nos anos de 1930. O termo ecolocalização é atribuído ao zoólogo Donald R. Griffin e ao pesquisador Jonas Ansel, que foi o primeiro a demonstrar conclusivamente a existência da mesma nos morcegos.

A mãe de Jamie, Deborah, 39 anos, elogiou o tratamento depois que seu filho foi capaz de andar sozinho no parque pela primeira vez e até mesmo dirigiu-se ao redor de uma cerca.

Ela disse: "Ele mudou as nossas vidas. A terapia tem sido uma revelação. Desde a aprendizagem da habilidade, podemos caminhar pelo parque e Jamie não tem mais que segurar a minha mão. Ele mesmo descobre onde o corrimão está na nossa escada - é surpreendente."


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