"Nouadhibou" significa onde os chacais engordam. É também onde os navios vão para morrer ". Assim escreve o fotógrafo Jan Smith , que capturou imagens fantasmagóricas de navios abandonados na Baía de Nouadhibou, Mauritânia, que é talvez o maior cemitério de navios do mundo.
Quando Smith tentou aventurar-se na Mauritânia, em 2008, ele encontrou dificuldades. "Eu fui barrado na fronteira, dormia em um campo de minas, e fui acusado de espionagem. Ninguém acreditava que eu iria viajar para Nouadhibou, para simplesmente tirar fotos de navios apodrecidos."
Depois de ter sido detido pelo exército marroquino, Smith finalmente conseguiu voar diretamente para a Mauritânia e fotografar os navios. A experiência de expor-se a um lugar às vezes contraditório, onde por um lado, os imigrantes ilegais viviam em barracos (a escravidão existiu até 1981 e seu legado persiste até hoje), e por outro, mostraram extraordinária hospitalidade.
Mas por trás de tudo existe um misterioso mar de navios abandonados, "um testemunho de corrupção", como diz Smith, cujas origens são desconhecidas, embora existam vestígios da fraude do seguro (onde os barcos são simplesmente abandonados) ocorrendo nessas águas.
