
Em Junho de 1915, Walter Kirke, um elemento do Serviço Secreto Britânico, escreveu num diário que Mansfield Cumming, o primeiro chefe dos Serviços de Informação e Segurança, realizava estudos na Universidade de Londres com o intuito de desenvolver tintas invisíveis.
Poucos meses depois, relatou que Cumming finalmente chegara a uma conclusão: a melhor tinta invisível era o esperma. Além de não reagir ao principal método de detecção – o vapor de iodo - era uma substância que tinha a vantagem de estar disponível quase instantaneamente.
A técnica, apesar de pouco convencional, revelou-se de grande utilidade, na medida em que permitiu passar mensagens secretas entre os agentes britânicos, assim como escrever documentos importantes.
No entanto, segundo o "Telegraph", a descoberta de Cumming causou alguns contratempos. O agente viu-se obrigado a mudar de departamento depois de ter se tornado alvo de chacota entre os colegas. E os agentes tinham também de ser constantemente relembrados para usar carregamentos frescos da alegada “tinta”, isto depois que os correspondentes começaram a notar um cheiro pouco usual nas mensagens.
Todas estas revelações estão incluídas no livro “A história secreta do MI6”, com mais de 800 páginas, escrito pelo professor Keith Jeffery, da Universidade de Queen's, em Belfast.