Sokushinbutsu eram sacerdotes budistas que levaram suas próprias vidas de forma a que eles se tornaram múmias e eram reverenciados por seu espírito e dedicação.
Diferentemente das múmias egípcias, estas múmias japonesas não são de faraós ou reis que antes eram considerados divindades, mas sim de monges simples que alcançam a divindade com a mumificação. E o lado extremo disso é que o processo em si não é feito com a morte do monge, mas sim de pouco em pouco com ele ainda vivo.
O monge vive isolado durante a vida estudando os ensinamentos de Buda e quando começa a sentir-se preparado, passa a seguir uma alimentação baseada somente em sementes e água para seu corpo perder o máximo possível de líquidos. Na parte final do processo, o monge é enterrado em uma caixa de bambu com apenas uma entrada para o ar e por lá fica meditando até a morte.
Após mil dias a caixa é retirada e o corpo é conservado na posição de meditação com as devidas vestimentas e assim o monge alcança o real estado de sokushinbutsu, o “buda vivo”. As múmias existentes continuam sendo adoradas e respeitadas em templos no Japão não somente pelo lado religioso, mas também pelo reconhecimento do controle mental e corporal que estes monges tiveram em vida.
Atualmente a prática é proibida no Japão, pois é considerada suicídio.
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