Quando nós pensamos no rosto de Cristo, vem a nossa mente a imagem de um homem jovem, com cabelos na altura dos ombros, barba um pouco longa e olhos azuis. Devemos muito dessa imagem a Warner Sallman.
Em 1924, Sallman era um jovem ilustrador e prestava serviços para algumas publicações religiosas. Uma dessas publicações lhe pediu que desenhasse a face de Jesus para ilustrar uma capa. O desenho foi feito a carvão e intitulado “O Filho do Homem”. Após a publicação, a imagem tornou-se muito popular, sendo encontrada em diversas casas, igrejas e escolas como objeto de decoração. Foi a partir dela que, em 1940, o artista pintou a óleo uma das obras de arte mais reconhecidas e reproduzidas no mundo, “A Cabeça de Cristo”. Estima-se que já tenha sido reproduzida 500 milhões de vezes.
O artista reproduziu o que para muitas pessoas é a imagem de um Jesus Cristo sereno e amigo. Ela fez tanto sucesso que foi usada para os mais diversos produtos religiosos, materiais institucionais, artigos para presentes, relógios, luminárias, broches, Bíblias, entre outros.
Um dado curioso sobre a pintura de Warner Sallman: ela alcançou tanta popularidade que mesmo alguns protestantes, que historicamente têm resistência ao uso de imagens, contavam com um exemplar em suas casas ou nas salas de evangelização das crianças.
Alguns pesquisadores afirmam que é quase impossível que Cristo tivesse esse tom de pele e semelhanças físicas com o da pintura. Não há indícios bíblicos ou documentais que comprovem ou refutem a afirmação, mas estudiosos insistem que, levando-se em conta a origem geográfica, entre outros fatores, é muito provável que o filho de Maria tivesse a pele num tom mais escuro, assim como os cabelos e os olhos.
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