"Preferia comer leitão no Botín do que sentar-me e pensar nos acidentes que os meus amigos pudessem sofrer.” Para os que conhecem a obra de Ernest Hemingway isto será suficiente: este trecho de Morte à Tarde, o seu livro de touros e touradas, refere-se a um restaurante no coração de Madrid, a poucas centenas de metros da Plaza Mayor, no bairro de La Latina.
Quase 90 anos após as primeiras visitas do escritor norte-americano, a Casa Botín rivaliza com ele em matéria de fama. Com as portas abertas há 286 anos, é o restaurante mais antigo do mundo, cumprindo as duas exigências do livro de recordes Guinness: nunca ter alterado o nome e nunca ter fechado.
Quase 90 anos após as primeiras visitas do escritor norte-americano, a Casa Botín rivaliza com ele em matéria de fama. Com as portas abertas há 286 anos, é o restaurante mais antigo do mundo, cumprindo as duas exigências do livro de recordes Guinness: nunca ter alterado o nome e nunca ter fechado.
Aberto em 1725, o restaurante já viu de tudo. Falando apenas de celebridades que por lá passaram, segue a lista: Salvador Dalí, García Lorca, Ava Gardner, Scott Fitzgerald, Pedro Almodóvar, Graham Greene, Jacqueline Kennedy, Marcello Mastroianni, Michael Douglas e os Reis da Espanha.
A verdadeira especialidade do restaurante sempre foi o leitão e o cabrito assados na melhor tradição da região de Segóvia. São confeccionados no velho forno de lenha construído pelo imigrante francês que comprou o espaço, em 1725. Jean Botin e a mulher começaram por comprar uma discreta pousada no centro de Madrid e, em poucos anos, converteram-na num restaurante onde os viajantes podiam assar a carne que traziam.
A fama cresceu e o número de pratos aumentou. Até o pintor Goya passou por lá, aos 19 anos era um dos empregados que lavava pratos.
A fama cresceu e o número de pratos aumentou. Até o pintor Goya passou por lá, aos 19 anos era um dos empregados que lavava pratos.
[Sábado]