de 2017


18/08/2013

Como uma menina sobreviveu a uma ameba que "come" o cérebro


Kali Hardig, 12 anos, de Arkansas (EUA) é agora a terceira sobrevivente de uma infecção rara, mas quase sempre fatal causada pelo parasita Naegleria fowleri.

Kali foi internada no Hospital de Crianças de Arkansas em 19 de julho, com febre alta e vômitos, e tinha contraído a ameba que "come" o cérebro enquanto nadava em um parque aquático em Little Rock, Arkansas, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país.

Sua condição é estável agora e ela está ágil, disse o médico Mark Heulitt, um dos especialistas que atendem a paciente. A detecção precoce e tratamentos experimentais podem ter contribuído para sua sobrevivência de uma doença altamente letal que deixou a menina na UTI por semanas.

A Naegleria fowleri é frequentemente encontrada em água doce, como lagos, rios e nascentes de água quente. Esse parasita nada livremente e, em geral, entra no corpo pelo nariz, enquanto as pessoas nadam ou mergulham. Ele pode, então, chegar até o cérebro. Quando eles encontram-se no cérebro, onde há presença de bactérias, eles se voltam para consumir o tecido cerebral, mesmo que não seja o seu alimento preferido, e causar uma infecção devastadora, conhecida como meningoencefalite amebiana primária.

"Eles naturalmente se alimentam de bactérias", disse Jennifer Cope, pesquisadora do CDC.

Os sintomas iniciais costumam começar dentro de um a sete dias e podem incluir dor de cabeça, febre, náusea e vômitos. A doença progride rapidamente, e outros sinais comuns são rigidez no pescoço, confusão, perda de equilíbrio, convulsões e alucinações. Além disso, a infecção destrói o tecido cerebral e pode causar edema (acúmulo de líquido) e morte.

Manchas de uma infecção causada por Naegleria fowleri. (Foto: CDC / Wikimedia Commons)

Quando Kali foi diagnosticada com o parasita, os médicos entraram com um medicamento usado normalmente para câncer de mama e mantida sob ventilação mecânica por mais de duas semanas, um método usado às vezes para os casos de traumatismo crânio-encefálico, na esperança de minimizar os danos que ocorrem no cérebro, disse o Dr. Mark Heulitt.

Poucos dias depois, os testes não mostraram sinais do parasita no sistema de Kali. Ela já respira por conta própria, embora ainda não consiga falar, ela é capaz de escrever o próprio nome e responder a perguntas dos médicos e da família, que já comemora sua vitória.


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