
Quem diria que as frias ferramentas cirúrgicas de aço poderiam ser usadas para produzir intrincados modelos arquitetônicos? O renomado artista britânico Damien Hirst fez exatamente isso - ele usou um vasto número de instrumentos cirúrgicos e objetos metálicos, tais como bisturis, agulhas de costura, lâminas de barbear, ganchos, limalha de ferro e alfinetes, para criar colagens maravilhosamente detalhadas chamadas "Negras Paisagens Urbanas com Bisturis".
Para sua recente exposição em São Paulo, na galeria White Cube, Hirst criou visões aéreas de 17 cidades pelo mundo relacionadas com a sua própria vida, ou centros de significado político ou religioso. Além do Rio de Janeiro, tem, por exemplo, Nova York, Londres, Paris, Bagdá e a cidade do Vaticano.
Para criar uma colagem, Hirst reúne o maior número de instrumentos cirúrgicos e sucata de metal quanto possível e, em seguida, começa o árduo processo de replicar a vista aérea de uma cidade. Em seguida, ele acrescenta algum sabor local para cada colagem. Por exemplo, o ponto de vista de Paris contém alguns francos franceses e lembranças turísticas, enquanto a cidade do Vaticano tem medalhões religiosos de prata. Estradas em miniatura de Moscou brilham com cacos de espelho.
Com "Negras Paisagens Urbanas com Bisturis", Hirst, que é considerado o artista mais rico do mundo, está tentando fazer uma referência metafórica à tática militar de bombardeio cirúrgico ou ataques cirúrgicos que identificam áreas-alvo para o ataque. Ele também está tentando investigar temas relacionados às realidades inquietantes da vida moderna - a vigilância, a globalização, a urbanização e muito mais.
Na abertura da exposição, exclusiva pra convidados, seis das 17 telas foram vendidas. Parece simples. Mas cada uma delas saiu pela bagatela de 3,6 milhões de reais.





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