Na década de 1970, os pesquisadores começaram a afluir a Vilcabamba, um povoado com cerca de 4.000 habitantes no interior do Equador, que aparentemente ostentava a população mais idosa do planeta. Moradores regularmente atingiam idades de 115 anos ou até mais e a população idosa era tão saudável como as pessoas bem mais jovens. Em 1973, a National Geographic publicou uma reportagem feita por um pesquisador da Harvard Medical School, sobre este vale surpreendente e das pessoas e sua juventude perpétua.
Muitas teorias foram aventadas para explicar esse fenômeno, do ar limpo para os minerais super-antioxidantes encontrados na água. Turistas, bem como pessoas que sofriam de condições crônicas começaram a chegar no pressuposto de que todos eles indo para Vilcabamba iriam se transformar em Benjamin Button. Ainda hoje, o site de Vilcabamba apresenta aos turistas que "os anos são acrescentados à sua vida ... e a vida é adicionado ao seu ano!"
Exceto por uma coisa. Foi tudo uma grande mentira. Como em muitas culturas, para o povo do Equador o valor da sabedoria e da experiência vem com a velhice, e para isso é tradição em Vilcabamba exagerar na idade. Para confundir ainda mais as coisas, muitos moradores têm o nome de seus pais, eles podem simplesmente alegar que os registros de nascimento de seus pais, são os seus.
Os pesquisadores que estudaram a população de Vilcabamba cairam no que é conhecido como viés de confirmação, a tendência a pesquisar ou interpretar informação de forma a confirmar nossos preconceitos, levando a erros estatísticos. Porque eles já queriam acreditar que Indiana Jones era real e que havia uma fonte da juventude em uma pequena cidade no Equador, sem pensar na possibilidade de que as pessoas estavam simplesmente mentindo. Quando as pessoas começaram a responder as perguntas de forma correta, Vilcabamba parecia menos como o "Vale da Longevidade" e mais como uma comunidade de aposentados.
[Fonte]
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