de 2017


20/03/2012

Revelado: Igreja Católica holandesa castrou 10 meninos na década de 50

Deputados holandeses vão hoje pedir uma investigação sobre o caso dos jovens com menos de 21 anos supostamente castrados na década de 1950 pela Igreja Católica Romana "para se livrar da homossexualidade".

O governo estará sob pressão para sondar o que alguns dizem ser um encobrimento de um escândalo de jovens que tiveram os testículos removidos por se atreverem a denunciar o clero. MPs vão levantar a questão depois que um jornal holandês revelou detalhes das punições - que não foram expostas por uma investigação oficial sobre abuso sexual dentro da Igreja, publicado no ano passado.

O NRC Handelsblad, um jornal vespertino diário na Holanda, identificou um homem chamado Henk Heithuis (foto abaixo), como um dos jovens que foram castrados, bem como nove outros menores.


Cornelius Rogge, 79 anos, um conhecido escultor holandês que conhecia Heithuis testemunhou a evidência fisíca da castração.

Joep Dohmen, um jornalista investigativo que investigou o caso Heithuis, diz que a remoção cirúrgica dos testículos foi considerado como um tratamento para a homossexualidade e também como uma punição para aqueles que acusaram padres de abuso sexual.

Heithuis foi castrado aos 20 anos de idade - em 1956, ele acusou pessoas do clero católico de abusar sexualmente dele em uma casa de internato católico.

As crianças sob cuidados institucionais, independentemente da sua filiação religiosa, na Holanda estavam em risco substancial de serem abusados ​​durante o período, a taxa de abuso sexual era de 20 por cento, o dobro de outros lugares.

Embora os monges fossem condenados dos abusos, Heithuis foi ainda transportado para um hospital psiquiátrico católico, e foi submetido a castração cirúrgica.

Documentos judiciais confirmam que ele foi castrado "a seu pedido", mas não há uma apresentação de seu consentimento por escrito.

Heithuis morreu dois anos após a castração em um acidente de carro, mas o Sr. Rogge sentiu-se compelido a relatar a castração em um inquérito oficial sobre os abusos dentro da Igreja Católica.

O inquérito, presidido por Wim Deetman, ex-ministro holandês, recebeu 1.800 denúncias de abuso sexual pelo clero ou voluntários dentro de dioceses católicas holandesas no período desde 1945.

A investigação do jornal também revelou que inspetores do governo estavam cientes de que jovens estavam sendo castrados, no hospital psiquiátrico católico.

Atas de reuniões realizadas na década de 1950 mostram que os inspetores estavam presentes quando as castrações foram discutidas e que a equipe católica achava que os pais não precisavam ser envolvidos, mesmo os pacientes sendo menores de idade.

Há também alegações de que Vic Marijnen, que era um primeiro-ministro holandês 1963-65, tinha ligações com o caso. Ele não era somente uma estrela em ascensão no seu partido político, ele também foi vice-presidente da agência holandesa de proteção a criança católica.

Mais importante ainda, em 1956, ele era o presidente da casa da criança Gelderland, onde Heithuis e outras crianças foram abusadas.

"Haverá muitos mais. Mas a questão é se esses meninos, agora homens velhos, vão querer contar a sua história", disse o jornalista Dohmen. Hoje os deputados holandeses vão pedir uma investigação parlamentar sobre as denúncias.

"Eu estou chocada que os rapazes estavam sendo castrados na década de 1950", disse Khadija Arib, do Partido Trabalhista. "Quero uma investigação independente. Temos de descobrir quantos casos houve, quem sabia sobre isso e por que o governo não agiu".

[Daily Mail]

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1 Comentário:

Anônimo disse...

Como já disse Leonardo Boff, o teólogo libertário, a "Igreja Católica" é cruel e assassina. Acho que todas as outras também são.

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